Carros voadores, ônibus que dirigem sozinhos… Muitas inovações que vemos em filmes e séries talvez nunca saiam apenas da ficção, afinal, algumas seriam impossíveis de executar e não passariam do projeto. Contudo, certas inovações automotivas saíram do papel e não fizeram tanto sucesso como o prometido.
A Olimpic, em mais de 65 anos no mercado, acompanhou muitas dessas mudanças que, infelizmente, não deram certo ou caíram no gosto do público. Confira!
Deu ruim… Inovações automotivas que não foram bem recebidas
Entre ideias e até mesmo carros que apareceram por um tempo e desapareceram sem que você nem percebesse, fizemos uma lista de algumas que, mesmo que por pouco tempo, ainda são lembradas por amantes de velocidade.
1. GNV de fábrica
Há algum tempo, os veículos com GNV (Gás Natural Veicular) se popularizaram, porém, esse sistema não veio de fábrica, exigindo que os proprietários pagassem para converter o motor.
No início dos anos 2000, montadoras começaram a oferecer carros com o sistema GNV incorporado, porém, os kits eram de conversão de outras marcas e certificados pela marca e alguns dos modelos eram: Astra Multipower, Fiat Siena Tetrafuel, Ford Ranger, Volkswagen Santana e a saudosa Kombi.
O FIAT Grand Siena, foi um dos últimos modelos que tinha como opcional a predisposição para receber o Gás Natural Veicular, porém, com sua saída de linha, esse item também deixou de aparecer em outros modelos.
2. Câmbio Dualogic
O câmbio automático entrou aos poucos no mercado brasileiro e, também no início dos anos 2000, já começou a aparecer como item opcional em alguns modelos. A FIAT, para não ficar para trás, lançou o câmbio Dualogic.
A montadora prometia menor perda de potência entre as trocas de marcha e dispensava o uso de embreagem, além de poder ser utilizada no modo manual. De acordo com o site Auto Papo: “O seu câmbio era automatizado, que é basicamente uma caixa manual com atuadores operando a embreagem e trocando as marchas”.
Ele possuía os seguintes modos:
R – Marcha ré do câmbio Dualogic;
N – Significa “Neutral”, que quer dizer, manter o carro em ponto morto;
M – Modo manual do câmbio;
D – É o Modo “Drive”, as marchas são trocadas sozinhas.
3. Mercedes-Benz Classe A
O primeiro carro da nossa lista e que, você provavelmente já ouviu falar nessa tentativa de popularização da Mercedes-Benz que não deu certo.
A intenção do Classe A era levar um pouco do luxo da marca aos clientes populares e para isso, a montadora não poupou esforços e trouxe uma de suas fábricas para o país: um investimento de aproximadamente 820 milhões de dólares.
Em seu continente natal, Europa, o carro havia sido reprovado em testes de segurança, porém, continuou aprimorando o modelo até que foi lançado no Brasil em 1999. Convertendo para os dias de hoje, o veículo sairia de fábrica com o valor aproximado de R$ 66.700,00, longe de ser popular, apesar dos benefícios tecnológicos.
Um fracasso nas vendas, o carro deixou de ser produzido em 2005.
4. Hyundai Veloster
Um visual esportivo, 3 portas e design arrojado. O Hyundai Veloster prometia ser uma inovação automotiva para o mercado e competir diretamente com o Mini Cooper, porém, o motor foi considerado fraco, pela proposta esportiva, e sua porta traseira única, virou motivo de piada.
Entre 2011 e 2014, somente 13.321 unidades foram emplacadas no Brasil e no mundo, teve um bom início, contudo, suas vendas entraram em queda livre e em 2020, bateu a marca de 6.785 unidades nos Estados Unidos, um pouco mais da metade do ano anterior.
Em 2022 ele foi descontinuado e, como motivo, a montadora disse que a demanda por hatch médio estava em queda. Será?
5. GPS integrado ao rádio
Atualmente é impossível imaginar dirigir sem a ajuda de aplicativos ou do GPS integrado ao painel, porém, essa é uma das inovações automotivas bem recentes. E, até chegar a esse ponto, o FIAT Linea foi um dos pioneiros com o sistema de GPS integrado ao rádio.
As instruções de direção eram apresentadas em uma tela monocromática, as indicações são como os GPS de hoje em dia, com setas e a voz saindo dos alto-falantes. Alguns modelos possuem comandos por voz e outros por volante, dificultando o momento de escolher o destino.
6. Nissan Cube
Linhas curvas e fluidas? Não para o Nissan Cube, ou como a imprensa especializada o chamava, “caixa de feiura”.
O subcompacto em formato de caixa foi lançado em 1998 para o público japonês, mas também tem presença nos Estados Unidos e Europa, onde parou de ser vendido em 2011. Rival direto do Kia Soul, em 2013 teve apenas 5.461 unidades vendidas, ao contrário do concorrente, que atingiu a marca de 118.079 vendas nos EUA.
Apesar do fracasso, o veículo teve três gerações, preço baixo e fazia 17 km/l, ou seja, bastante econômico. Porém, não foi suficiente para mantê-lo nas ruas.
7. Carburador eletrônico
Algumas inovações automotivas são apenas uma ponte entre o modelo antigo e a novidade que vem para ficar. Esse é o caso do carburador eletrônico.
A injeção eletrônica chegou ao Brasil no fim da década de 1980 em modelos mais caros, como o Kadett GSI e versões do Santana e Monza. Porém, até a chegada do modelo do Corsa 1994, que popularizou o uso da injeção eletrônica, uma das inovações automotivas foi o carburador eletrônico.
Esse sistema consistia em uma central eletrônica que recebia as informações dos sensores do motor, assim como a injeção eletrônica, contudo controlava um carburador. A solução durou pouco tempo, sendo abandonada de vez em 1998 e só foi incorporada aos carros brasileiros.
Você conhecia todas essas inovações automotivas? Lembra de mais alguma que não falamos por aqui? Comente se você já presenciou ou se teve um carro com elas!