Ao ligar seu automóvel, uma série de processos se iniciam até que você saia rodando com o seu carro. O sistema de ignição é o responsável pela partida e precisa que todas as peças estejam alinhadas e em bom funcionamento, para que seu veículo não pare repentinamente.
Em questão de milissegundos a faísca gerada pela bobina chega ao combustível e faz com que ele comece a queimar e então, passe pela câmara de combustão que a transforma em energia para a movimentação das rodas.
Porém, até que esse processo se tornasse rápido e eficiente, os pioneiros tiveram problemas: os primeiros estudos consistem em usar um tubo de metal aquecido, que queimava a mistura ar-combustível rápido demais e o modelo com magneto e centelhador deixava a partida lenta e não desenvolve bem em altas rotações.
Somente em 1897, Rudolf Diesel, apresentou um sistema de ignição funcional com a injeção de combustível iniciando a queima. Esse foi somente o primeiro passo para a aprimoramento do sistema de ignição que conhecemos hoje.
Vale ressaltar que, por mais que todos tenham a mesma função, com o avanço da tecnologia, os veículos também foram se modernizando e o funcionamento se diferenciando, confira:
O funcionamento de cada sistema de ignição
Atualmente existem variados tipos de sistemas de ignição, porém, os mais importantes são o de ignição por centelha, eletrônica e o sistema sem distribuidor.
Sistema de ignição tradicional (Ignição por centelha)
Em uso desde 1902, esse foi o sistema de ignição que popularizou o uso do automóvel, por promover mais segurança aos motoristas e passageiros, além de ser rápido e eficiente. Como dito anteriormente, esse processo acontece em milissegundos e, de acordo com o site Champion Autoparts, todo o processo acontece 18.000 vezes por minuto em 144 km/h, aproximadamente.
Esse sistema é dividido em dois circuitos:
1. Circuito primário
Essa parte é responsável por transportar baixa tensão. O circuito primário é controlado pela chave de ignição, que, quando ligada, a corrente passa pelos enrolamentos da bobina por pontos do disjuntor e volta para a bateria, fazendo com que um campo magnético se forme ao redor da bobina de ignição.
2. Circuito secundário
Os enrolamentos secundários da bobina, fio da bobina, tampa do distribuidor, rotor, velas e cabos de ignição fazem parte do circuito secundário.
Esses equipamentos trabalham à medida que o motor gira, fazendo com que os pontos do disjuntor se separem e o fluxo da corrente pare de circular nos enrolamentos primários da bobina. Essa energia gerada é absorvida pelo condensador.
O processo continua com a alta tensão que permite que a centelha atinja a mistura de ar-combustível no cilindro, iniciando a combustão. Durante o movimento do carro, o distribuidor continua a girar e o contato elétrico da tampa do distribuidor e contato elétrico interrompe o fluxo secundário.
Simultaneamente, a corrente do circuito primário flui, criando um campo magnético. Esse processo completo se repetirá inúmeras vezes até que o veículo seja desligado.
Ignição eletrônica
Na década de 1940 os estudos para melhorarem os sistemas de ignição e na década seguinte surgiram o transistor, o sistema elétrico e o alternador. A ignição eletrônica (com transistor) começou a ficar popular nos anos 70, devido à necessidade de percorrer distâncias cada vez maiores com segurança.
Outro problema que os sistemas antigos enfrentavam era o desgaste rápido de peças, aumentando a necessidade de manutenção e substituição com frequência.
O sistema de ignição eletrônico com transistor, elimina essas peças que se desgastam facilmente, já que usa o módulo eletrônico para gerar a centelha, confira em detalhes:
Assim como o primeiro modelo de sistema de ignição, o eletrônico também possui dois circuitos, sendo que o segundo, é igual nos dois.
Quando a chave de ignição é ligada, a corrente passa da bateria para o enrolamento primário da bobina por meio da chave de ignição. A corrente de baixa tensão, sinaliza ao módulo eletrônico (o componente que possui transistores), desliga a corrente primária da bobina que será religada e então o processo se repetirá. Quando a corrente está desligada, o campo magnético da bobina de ignição está em alta tensão, ou seja, no sistema secundário, semelhante aos primeiros sistemas de ignição com platinado.
Ignição sem distribuidor
Avançando no tempo, nos anos de 1980, uma revolução aconteceu nos sistemas de ignição: O distribuidor foi abolido, fazendo com que as velas de ignição disparem diretamente nas bombas e o tempo é controlado por um computador e o motor. Além disso, nesse sistema, pode ser composto de uma bobina por cilindro ou para cada par de cilindros.
E, quais as vantagens de um sistema sem distribuidor?
- Não há peças móveis que se desgastam;
- Tampas de distribuidor e rotor não são mais utilizadas;
- O distribuidor poderia acumular umidade e sujeira e também propiciar maiores falhas do motor.
Em comum, ele possui dois tipos de circuitos como os modelos mais antigos e serve para a mesma função: fazer com que o veículo se movimente.
Mas, independente do modelo do seu veículo, o importante é mantê-lo sempre com a manutenção em dia. Na Olimpic você encontra as melhores peças para qualquer um dos sistemas de ignição disponíveis, dos mais antigos, aos mais novos.